segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O adeus do fenômeno. Aos 34 anos, Ronaldo deixa os gramados

Por Danilo Souza
Acabou...!Nesta terça- feira, Ronaldo Luís Nazário de Lima, anunciou oficialmente sua aposentadoria do futebol, seus planos eram de parar no final deste ano, mas uma série de contusões e recentemente o sobrepeso, adiataram em dez meses o término de sua carreira. Pentacampeão mundial com a seleção brasileira, maior artilheiro de todas as copas com 15 gols, ele se despede do futebol e entra para história como o grande nome do esporte mais popular do planeta.
Na coletiva de imprensa realizada no início da tarde de hoje, no Parque São Jorge, o clima era de total tristeza. Ao lado do presidente do Corinthians, Andrés Sanches, e de seus filhos, Ronald e Alex (que roubou a cena em alguns momentos), Ronaldo declarou seu amor ao timão e prometeu que as parcerias com o clube irão continuar. Visivelmente emocionado, o fenômeno fez um retrospecto de sua carreira, citando os momentos difícieis como, as contusões que o fizeram pensar que seria o fim de sua carreira, ele lembrou das suas conquistas, como a copa do mundo de 2002 com a seleção brasileira.

Uma carreira fenomenal

Uma carreira vitoriosa. Assim pode ser considerada a trajetória de Ronaldo pelos gramados do Brasil e do mundo, em todos os times que jogou conseguiu obter titulos e muito prestígio. Brasil, Holanda, Espanha, Itália, todos esses paises tiveram o privilégio de ver o fenômeno jogar. Na seleção brasileira foi onde o craque mais bilhou. Atualmente, ele é o maior artilheiro de todas as copas com 15 gols, além de diversos prêmios individuais, que o consagraram como uma lenda do futebol mundo. Por isso e por muito mais, Ronaldo fenômeno será sempre reverenciado no mundo do futebol. Para saber mais sobre a carreira do craque, clique aqui.




"Hoje dissemos adeus a um dos maiores. Obrigado Ronaldo por todos esses anos que nos fez desfrutar de seu futebol"

Iniesta, meio do Barcelona e da Espanha


"O melhor centroavante da história do futebol"


Jornal Marca, da Espanha


Ronaldo, a lenda




"Todos nós seremos eternamente gratos pelas alegrias que ele nos proporcionou..."
Dilma Rousseff, presidenta do Brasil.

"É com muito orgulho que eu posso dizer que joguei com um dos melhores jogadores da história do futebol. Você é, e sempre será o fenômeno."

kAKÁ, meia do Real Madri

"O adeus de um grande..."


Jornal Olé, da Argentina


Pra sempre fenômeno







sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Após trinta anos no poder Hosni Mubarak renuncia o cargo

Por Danilo Souza

Após 18 dias de intensos protestos que resultaram na morte de 300 pessoas e mais de cinco mil feridos, o presidente do Egito Hosni Mubarak resolveu renunciar o poder. Há trinta anos como chefe de Estado, nos últimos dias ele foi alvo de diversas manifestações contrária a sua permanência na presidência do país. Na última quinta - feira (10), depois de mais um dia de manifestações na capital no Cairo, ele frustou milhares de pessoas nas ruas ao declarar, que estabeleceria "novas medidas para manter a ordem no país". As declarações de Mubarak levou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama a dizer que novas medidas não seriam suficientes para manter a ordem no país, e que ele deveria respeitar a vontade popular. Eram duas tarde horário de Brasília, quando o vice -presidente, Omar Suleiman anunciou que Hosni Mubarak, estava renunciando a presidência.




Histórico

Muhammad Hosni Mubarak, nasceu em 14 de maio de 1928, projetou-se no serviço militar, mas precisamente na guerra do Yom Kippur. Pelo seu desempenho e habilidade diplomática para lidar com os constantes conflitos no oriente médio foi promovido a marechal em 1974. Nos anos que se seguiram, chegou a vice - presidência do país no governo Anwar El -Sadat. Em 1981, com o asssassinato de Sadat, Mubarak chegou a presidência, sendo reeleito por quatro vezes.
No início do ano, começou uma onda de protesto por todo país exigido sua renuncia. Jovens mobilizaram a sociedade egípcia à lutar a favor da democracia e contra a injustiça social no Egito. As cidades do Cairo, Alexandria e Suez eram o centro das manifestações. Há 30 anos no poder, Mubarak acumulou uma fortuna de US$ 70 bilhões. Essa realidade, contrastava com a vida de 40% da população do país que vive abaixo da linha da pobreza. O seu governo foi caracterizado por denúncias de corrupção e medidas arbitárias. No campo diplamático, ele buscou entreitar as relações com Washington e convivência pacifíca com Israel, e dura repreensão contra os partidos de oposição ao seu governo. Nos últimos dias, ele determinou que os serviços de internet fosse suspenso, a Tv Al Jazera também foi proíbida de funcionar nesse periodo.




O futuro do Egito

"Parecia final de copa do mundo". Essa frase do estagiário brasileiro Rodrigo Silva, de 27 anos que mora no Egito há um ano, resume o momento histórico vivenciado pla nação. Apesar do futuro político incerto a população comemora nas ruas a saída de Mubarak do poder. O que se sabe até agora é que o país será governado interinamente por uma junta militar e que o povo egípcio não quer uma ditadura. Para o especialista em Oriente Médio do Instituto de Estudo de Guerra dos Estados Unidos, Andrew Terrill, independnte de quem governe o país terá uma árdua tarefa pela frente. "O Egito tem uma miríade de problemas econômicos, uma corrupção tremenda, uma população que cresce muito rápido, e qualquer governo que subir ao poder vai ter um prato cheio para lidar. Há muita coisa que vão ter que fazer para agradar as massas. O trabalho está só começando, e esse período vai ser muito difícil para os egípcios", comenta Terrill.

Repercusão no mundo árabe

Que o Oriente Médio é um barril de pólvora preste a explodir a qualquer momento todo mundo sabe. O reflexo da queda de Mubarak foi imediato no mundo árabe, tendo em vista, ser o Egito o maior país da região. Na Argélia e no Iêmen já se falam em uma revolta popular em busca de mudança na política de ambas nações. Vale ressaltar que no início de janeiro a Tunísia, através de um levante popular conseguiu tirar o presidente Ben Ali que já estava há 23 anos no poder. Passado o momento de eufória da população, existem questões fundamentais a serem analisadas para a política da terra dos faraós. Será que todos os partidos terão representatividade? E os mulculmanos radicais? E os militares estarão dispostos realmente a fazer um governo de transição? Essas perguntas serão respondidas no decorrer do tempo, pois agora o povo egípcio só quer comemorar a volta da democracia.