Por Danilo Souza
O país está de luto. José Alencar, ex-vice presidente da república durante os oito anos do governo Lula, faleceu na tarde de hoje, às 14 h41, no hospital Sírio Libanês em São Paulo. De acordo com o boletim médico, a causa da morte foi falência múltipla dos orgão. Alencar havia dado entrado ontem no hospital, e segundo os médicos que o acampanhavam no tratamento contra o câncer, o estado dele era considerado grave. Alencar lutava contra a enfemidade há treze anos, nesse período, ele passou por 17 cirugias. A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente, que estão em Portugal, cancelaram todos os compromissos para retornar ao Brasil, ambos lamentaram profundamente a morte de Alencar. Lula, muito emocionando, não conteve as lágrimas. "O Zé era para mim,muito mais que um parceiro político", comentou. O vice - presidente em exercício Michel Temmer, decretou luto oficial de sete dias. O corpo de José Alencar será velado no palácio do planalto, depois vai à Belo Horizonte, e daí por diante, segue para Muriaé, sua cidade natal, onde será cremado.
Biografia
José de Alencar nasceu em Itamuri, no município de Muriaé, em 17 de outubro de 1931. Filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, começou a trabalhar com sete anos de idade, ajudando o pai em sua loja. Quando fez quinze anos, foi trabalhar como balconista numa loja de tecidos. Em maio de 1948, mudou-se para Caratinga, para trabalhar na "Casa Bonfim". Notabilizou-se como grande vendedor, tanto neste último emprego, quanto no anterior. Por sua dedicação ao trabalho se tornou um dos maiores empresários do estado de Minas Gerais. Construiu um império no ramo têxtil, sendo a Coteminas sua principal empresa. Elegeu-se vice-presidente da República do Brasil na chapa do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, conseguindo a reeleição em 2006, assegurando, portanto, a permanência no cargo até o final de 2010.
Problemas de saúde
A partir do ano 2000, enfrentou um câncer na região abdominal, tendo que passar por mais de quinze cirurgias, uma delas com duração superior a 20 horas. Em sua longa batalha contra o câncer, submeteu-se a um tratamento experimental nos Estados Unidos, com resultado inconclusivo. Em 2010, após repetidas internações e intervenções médicas, decidiu desistir de se candidatar ao Senado. No final de seu mandato como vice-presidente da República, no final do ano passado, apresentava um complexo estado de saúde, sendo necessária até mesmo a interrupção do tratamento contra o câncer. No dia 22 de dezembro de 2010, foi submetido a uma cirurgia para tentar conter uma hemorragia no abdômen. Em nove de janeiro de 2011, o sangramento é controlado e ele deixa a UTI. No final do mesmo mês, sai do hospital para receber uma honraria da Prefeitura de São Paulo, recebendo alta pouco depois para que continuasse o tratamento em casa. Em nove de fevereiro, retorna à UTI devido a uma perfuração intestinal, sendo liberado no mês seguinte.Voltou a ser internado em 28 de março, dessa vez ele viria a falecer ontem (29) devido a falência múltipla dos órgãos em decorrência do câncer na região abdominal.
