O ministro chefe da casa civil, Antônio Palocci, falou pela primeira vez sobre o crescimento do seu patrimônio. Em entrevista ao repórter Julio Mosquiera do Jornal Nacional, nessa sexta - feira (03), o ministro negou que tenha feito tráfico de influência no governo, e disse que todos os valores adquiridos por ele, nos dois últimos anos estão declarados na receita federal. Palocci se negou a citar nomes de clientes, segundo ele, é uma forma de preserva -los. De forma sóbria e equilibrada, ele respondeu a todas as perguntas. Apesar da sua aparente tranquilidade, Palocci não convenceu a oposição, que na próxima terça - feira entra no supremo com um novo pedido para convocação dele ao conselho de ética do senado.
De novo Palocci!
Parece coincidência mas não é. Há exatamente cinco anos atrás no governo ex-presidente Lula, Antonio Palocci era o ministro da fazenda, chamado de "homem forte governo", mas um escandalo envolvendo a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, que afirmou ter visto ele frequentando uma mansão no interior de São Paulo para reuniões com lobistas acusados de interferir em negócios de seu interesse no governo Lula e para partilhar dinheiro, desgatou sua imagem política. Resultado, a situação ficou insustentável e Palocci foi demitido. Hoje o nome Antonio Palocci está novamente sobre investigação, até o momento, nada foi provado, mais existem muitos pontos a serem esclarecidos pelo ministro chefe da civil. Será que ele vai ser demitido novamente? Quais serão as consequencias dessa crise para o governo da presidente Dilma? É que veremos mais adiante, pois até o momento só existem especulações.
