Morre o ex-presidente da Argentina Nestor Kirchner

Ele comandou o país entre os anos de 2003-2007 e era esposo da atual presidente, Cristina Kirchner

Por Danilo Souza

Morreu nesta quarta feira (27) o ex-presidente da Argentina Nestor Kirchner, segundo o médico presidencial, Luis Buonomo, ele foi vítima de "morte súbita". Nestor tinha 60 anos, e já possuía problemas cardícacos. Em fevereiro ele foi levado as pressas com problemas na carótida para o hospital Los Arcos onde passou por uma cirurgia para desobstruir uma artéria coronária. De acordo com o El Clarim Kirchner ele e sua esposa Cristina descansava em sua residência em El Calafate desde o último final de semana. Devido ao censo nacional, na última quarta - feira foi feriado na Argentina.

Vida

Nestor Kirchner dificilmente será esquecido pelos argentinos. Ele assumiu o país na pior crise financeira de sua história, para preserva a econômia nacional decretou a moratória ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Após ter assumido posturas duras nas finanças do país conseguiu a estabilidade financeira e valorização da moeda nacional.

Nascido na capital da província de Santa Cruz na região da Patagonia, seu pai Néstor imigrante, era um carteiro descendentes de Suíços, sua mãe María Ostoic, chilena descendente de croatas. Estudou direito na Universidade Nacional de La Platades, ainda na juventude militou no movimento justicilalista membro da juventud Peronista, durante a ditadura foi preso duas vezes.

Com a reabertura política em 1983, Nestor trabalhou em diversos órgãos públicos, até que em 1991 foi eleito governador de Santa Cruz. No auge da crise política e econômica na Argentina em 2003, em um processo conturbado, Nestor Kircher foi eleito presidente do país.

Legado

Para alguns cientistas políticos a figura de Nestor e seu legado como presidente do país irá perdurar por muitos anos. Conhecido como centralizador, ferrenho combatente do neoliberalismo, conseguiu atrair investimentos estrangeiros para a Argentina no momento mais conturbado para as finanças do país, e além disso, devolveu a auto-estima do povo Argentino. Nos três últimos anos, a economia los hermanos cresceu mais que 5%, e as previsões do banco central argentino (BCA), é que este ano cresça entre 8,9% e 9,5%.

Com a morte de Kirchner surge a pergunta, será que sua esposa e atual presidente do país, Cristina, terá fôlego político para governar a nação? Essa e outras perguntas serão respondidas no decorrer dos anos, pois agora os argentinos estão chorando a perda do grande líder da nação, Nestor Kirchner.

"Foi um grande companheiro. Ele devolveu auto-estima ao povo argentino..."

Lula, presidente do Brasil.