sábado, 5 de junho de 2010

Deficientes lutam por direitos iguais

Por Danilo Souza
No Brasil os portadores de deficiência física sempre foram encarados como “coitadinhos”. Hoje, esse estereótipo não condiz com a realidade, pois através de muita luta e força de vontade, os mesmos vêem conquistando seus espaços no mercado de trabalho e declarando que, eles querem direitos e não piedade.
Atualmente, está em vigor no país a Lei de cotas, nº1213, em que toda empresa que possui acima de 100 funcionários, tem que ter no seu quadro 5% de deficientes. Ações como essa, têm mudado a vida de diversas pessoas que possuem algum tipo de limitação física. Um exemplo disso é a Dilza Vazão da Cruz, que possui deficiência visual e conseguiu um emprego de carteira assinada. Ela comenta: “Eu estou muito feliz com o meu emprego, os colegas de trabalho são maravilhosos”. Dilza tem outros projetos futuros, um deles, é estudar serviço social sua paixão.
É importante ressaltar que, muitas das vezes, os portadores de deficiência no ambiente de trabalho se dedicam mais de que as pessoas vistas como “normais”. Demonstrando atitude, pro atividade, foco em suas tarefas, garra e determinação, que são elementos fundamentais para o sucesso profissional em qualquer ambiente de trabalho. Como ressalta Carlos Neida, supervisor de uma loja do varejo em Salvador. Ele diz: “Fico impressionado com a garra e a vontade de aprender de dois funcionários que tenho com esse perfil, eles são exemplos para todos na empresa”.


Abadef, há 29 anos lutando pelos direitos dos deficientes físicos.

A Associação Baiana dos Deficientes Físicos (ABADEF), criada há 29 anos por iniciativa do médico Creuzio Alves, que tem como objetivo a inclusão do deficiente no mercado de trabalho, atualmente é presidida por Luíza Camara, que carrega a bandeira da inclusão dos deficientes em todos os ambientes sociais. “Queremos direitos e não piedade. Queremos respeito e não caridade”, ressalta Maria Luiza. É importante comentar que existem aproximadamente 300 empresas conveniadas com o órgão que procuram pessoas com esse perfil. Além dessas empresas, a instituição mantém parcerias com o Serviço nacional de aprendizagem comercial (SENAC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para cursos de capacitação em prol dos portadores de deficientes.
Ao chegar à sede da associação que se localiza na Avenida sete de Setembro, 281 Palácio da Aclamação (Passeio público), nota-se a urgente necessidade de um maior espaço para o órgão. “Nós já falamos com a secretaria da ação social do Estado, eles dizem que estão procurando ver um melhor local para ceder ao órgão”, comenta Luiza Camara.
Apesar das dificuldades, a associação baiana dos deficientes físicos (ABADEF), têm feito a diferença para essa parcela da população que tanto necessita de um auxilio, seja para inclusão de mercado de trabalho ou até em outras questões referentes ao dia a dia dos mesmos. Quem quiser obter mais informações sobre a associação pode ligar no tel. 3321 5500, ou através do E-mail: abadefba@yahoo.com.br.

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