terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mercado gastronômico cresce em Salvador, mas faltam profissionais qualificados

Por Danilo Souza
Não é novidade dizer que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. Essa situação é vivenciada por diversos profissionais das mais variadas área de atuação no país. Para o profissional da área gastronômica a realidade não tem sido diferente. Apesar de haver um notório crescimento dessa profissão, existem alguns percalços que o formando terá que enfrentar.
Criado há três anos em Salvador, no Centro Universitário da Bahia (Estácio / Fib), o curso superior em Gastronomia busca a criatividade na elaboração de cardápio por parte do aluno, despertando suas habilidades ainda na faculdade. Professores e alunos reconhecem que após o término da graduação esse segundo grupo tem que estar pronto para o mercado, pois sabem que com o diploma na mão a realidade será outra. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Alimentícia (ABIA), o setor gastronômico é responsável por 8% dos empregos diretos no país. Em termos gerais, isso significa que aproximadamente seis milhões de pessoas trabalham no seguimento.


O mercado

O mercado de trabalho é um ponto que deixam os estudantes temerosos, tendo em vista a grande exigência da área e a falta de oportunidade de emprego e estágios. É o que diz a estudante do quinto semestre de Gastronomia do Centro Universitário da Bahia (Estácio / Fib), Caroline Teles. “Aqui em Salvador eu acho o campo de atuação muito restrito e não têm muitas oportunidades de empregos”, afirma ela, que atualmente gerencia uma loja de roupas em um shopping center. Caroline segue dizendo que quando terminar a faculdade vai para o Rio de Janeiro fazer cursos de especialização na área de confeitaria, que é a sua grande paixão.
Apesar das dificuldades, o mercado é bastante promissor e falta mão de obra qualificada, é o que afirma o coordenador do curso de gastronomia da Universidade Salvador (Unifacs), Odilon Castro. “O mercado baiano está carente de profissionais, a nossa maior dificuldade em Salvador é de encontrar mão-de-obra qualificada para a função”.
Essa opinião é compartilhada pelo professor do Centro Universitário da Bahia Estácio Fib, Luan Moura “O mercado gastronômico é muito amplo, não se restringe apenas a cozinha de um restaurante, existe o jornalismo gastronômico, consultorias, eventos, catering, montagem de cardápios, fotografia. Hoje em Salvador os estabelecimentos disputam bons profissionais recém formados. O mercado baiano estar carente de mão de obra qualificada, quem é bom tem seu lugar reservado.” Para ele o profissional formado em gastronomia tem que ser diferenciado nesse mercado tão competitivo, características como proatividade, resiliencia, estudar muito, assim como tudo a gastronomia evolui, e temos que nos manter sempre bem atualizados, conclui Luan.


Remuneração


Segundo o professor Luan Moura, o salário inicial do formando em gastronomia é intermediário nem se compara aos gastos feitos durante a faculdade. Inicialmente, o profissional pode começar ganhando entre R$ 1200,00 e1. 500,00; vale ressaltar que isso depende muito do ramo de atuação profissional. Luan segue dizendo que “os restaurantes não querem abrir mão da experiência dos grandes chefs para apostar na mão de obra qualificada com formações técnicas da sala de aula".

Uma referência

Aos 21 anos, graduou-se em jornalismo, atuou em alguns veículos de comunicação da capital baiana, mas ele se encontrou mesmo na cozinha. Odilon Braga Castro, hoje coordenador do curso de gastronomia da UNIFACS, é aquela pessoa definida como versátil. Chef, professor e consultor em gastronomia. Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde pela Escola de Nutrição – UFBA. Especializado em Administração Hoteleira (UFBA/ SENAC). Sommelier certificado pela Associação Brasileira de Sommeliers – ABS, de São Paulo. Cozinheiro profissional certificado pela ABNT. Com diversos cursos no exterior, ele também atuou como jurado para a revista Veja – Salvador em 2006, melhores restaurantes da cidade e em 2008 melhores bares e botecos.

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